Desde sua criação em 1992, a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP) tem sido um pilar fundamental no suporte às atividades acadêmicas, de pesquisa e de inovação da USP. Entidade privada e sem fins lucrativos, a FUSP nasceu com o objetivo de flexibilizar e agilizar a execução de projetos de interesse da USP, atuando como um elo vital entre a universidade, os órgãos governamentais e o setor privado.


Origem e propósito

A FUSP surgiu com uma missão clara: apoiar e fornecer suporte gerencial aos institutos, escolas, núcleos de apoio e órgãos da USP. “A finalidade da FUSP é prestar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão, além de projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e outros relacionados ao estímulo à inovação e de interesse da USP”, explica o gerente geral da FUSP, Antônio Albino de Carvalho Batista.

Ao longo dos anos, a FUSP acumulou uma vasta experiência na gestão de projetos, atuando como intermediária entre a USP e seus financiadores. Seu papel vai além da simples administração financeira; a Fundação garante o cumprimento das legislações vigentes e proporciona um ambiente de inovação e desenvolvimento.

Entre as diversas atividades da FUSP, destacam-se a administração de bolsas; a celebração de acordos e contratos; a participação em editais públicos e o apoio jurídico aos docentes da USP. A Fundação tem sido fundamental na viabilização de projetos que abrangem uma ampla diversidade de áreas do conhecimento.

Alguns dos projetos mais notáveis apoiados pela FUSP incluem o Tanque de Provas Numérico da USP; a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin; a Revista FAPESP e a reforma e reinauguração do Museu do Ipiranga, que ganhou destaque nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. Mais recentemente, a FUSP passou a apoiar a oferta de cursos MBA da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e projetos inovadores como os da TotalEnergies e do Centro de Pesquisas para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI). Apesar de sua atuação muitas vezes discreta, a Fundação tem um impacto profundo na pesquisa, cultura, educação e engajamento social.

Desafios e financiamento

A FUSP enfrenta desafios constantes, principalmente no equilíbrio entre atender às necessidades dos projetos na era digital e cumprir as exigências dos financiadores e da legislação. “O equilíbrio entre atender as necessidades dos projetos sob a ótica das funcionalidades concebidas na era digital, sem infringir normas exigidas pelos financiadores e/ou legislação vigente, são os desafios que a Fundação enfrenta atualmente”, comenta Antônio Albino.

O financiamento da FUSP provém majoritariamente de recursos nacionais, tanto públicos quanto privados, com uma pequena parte vinda de fundos internacionais. A Fundação também se sustenta por meio das receitas de cursos ministrados pela USP, embora nem todos os projetos gerenciados financiem suas operações, especialmente os de caráter social.

Visando o futuro, a FUSP está investindo na qualificação de seus colaboradores, modernizando sua sede e criando escritórios estratégicos nos campi do interior do estado. O objetivo é ampliar a quantidade de projetos gerenciados e melhorar o atendimento aos coordenadores desses projetos, permitindo que se concentrem nas atividades sociais, de pesquisa e educacionais.


Reconhecimento e parcerias

Embora altamente respeitada no meio acadêmico, a FUSP busca ampliar sua visibilidade pública. Em 2024, iniciou um projeto para divulgar suas atividades, participar de premiações e obter certificações que atestem sua capacidade social e técnica. “Nosso objetivo é ampliar nossa marca social. Assim, em 2024, iniciamos um projeto que visa a divulgação da Fundação e suas atividades para o público em geral”, fala o gerente geral da FUSP.

As parcerias também são fundamentais nesse processo. A FUSP, associada à Associação Paulista de Fundações (APF), considera o apoio da entidade como um elemento importante para fortalecer suas articulações. A parceria amplia significativamente o impacto das ações e projetos da Fundação, permitindo que as demandas comuns sejam abordadas de maneira institucional e fortalecendo a capacidade de negociação coletiva, o que nem sempre é viável quando tratadas de forma individual.